Marca Brasil, alterada para marcar a gestão da atual presidente Dilma Roussef |
Já não bastava terem criado a tal marca brasil em 2004, que até apresenta conceitos interessantes multiraciais e outros de inclusão social, mas que novamente demarca uma gestão específica.
O mais curioso é que o Brasil já possui seu símbolo, conhecido mundialmente, criado pelo decreto n.° 4, de 19 de novembro de 1889 e certamente não precisa que a cada quatro anos sejam criadas novas formas de representar o que já possui representação.
Minha maior indignação é que no fundo, usar uma marca para representar uma gestão de governo é USO DE CAPITAL PÚBLICO PARA BENEFÍCIO PRIVADO! É incrível como ninguém se irrita com isso.
Eu pago IRPJ, IRPF, ISS, INSS, FGTS, CSLL, PIS, COFINS e o mais absurdo de todos, ISQN - Imposto Sobre Qualquer Natureza, e parte deste capital é investido na manutenção da imagem de um partido e seus representantes no poder executivo. Prefeituras, governos estaduais e principalmente as últimas gestões do governo federal (Lula e Dilma) tem feito isso exemplarmente.
Este recurso é usado também por inúmeras prefeituras de pequenas cidades, que tem placas de inauguração de prédios e praças com marcas eternamente marcadas por imagens que no fundo dizem: quem fez isso foi o prefeito Justo Veríssimo. NÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Não foi o prefeito quem fez a praça, mas sim a prefeitura.
Somos levados a crer que o prefeito, o governador, o deputado e o presidente são homens e mulheres bons, quase como reis e rainhas "do bem" que fizeram obras e ajudaram a nós e a nossas famílias. Dio mio! Eles são apenas nossos funcionários fazendo o trabalho de sempre no comando do executivo.
Confesso que me impressiono como eles ainda não tiveram a cara de pau de inserir estas marcas pessoais em moedas de metal de papéis moeda. Não duvido que isso ainda ocorra!
Trabalho com design a mais de uma década e gerencio o Sistema de Identidade Visual da UFSC na Agência de Comunicação da universidade (Agecom). Desde 2004 tenho gasto pelo menos umas 50 horas do meu tempo no trabalho, inserindo, ajustando e retirando temporariamente no período eleitoral as marcas dos últimos governos federais.
Que vivamos realidades mais contemporâneas nos próximos governos e não em um "museu de grandes novidades", como dira o Cazuza.
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